quinta-feira, 19 de abril de 2012

Desterritorização da escola, do saber e do conhecimento

Quando vemos filmes, revistas ou imagens antigas sobre escola, imediatamente somos remetidos a um ambiente cheio de salas separadas e contendo carteiras enfileiradas, quadros, ordem e professores.
Também somos remetidos a ideia de local de saber a ser aprendido! Lugar em que há algo novo a se aprender que pode ou não ter serventia.
Essa imagem ainda vem a nossa mente ao pensarmos em escola, mas ao mesmo tempo percebemos que a escola, atualmente, perdeu o seu "privilégio" como ambiente para se aprender e ensinar.
O conhecimento está em toda parte. A todo instante somos tomados por novas informações das quais devemos discernir o que é conhecimento. O saber torna-se democrático, ou seja, todos temos acesso de maneira facilitada ao saber por meio das tecnologias e merecemos aprender.
A noção anterior de professor como senhor do saber começa a ser questionada, visto que não existe mais local, tempo e limite para se obter informação e conhecimento. O professor, antes visto como "o mestre"deve estar sempre em estado de alerta diante dessa nova realidade pois a qualquer momento pode ser "desafiado" ou até mesmo intimidado por uma questão cuja resposta será: NÃO SEI!
Não existe limites para a educação, para o aprendizado e para a profissionalização.
A educação a distância é uma prova disso. Através do computador e da internet o conhecimento é disseminado e multiplicado.
Lindo! Porém, nem tudo é um mar de rosas, claro que surgem os contras: onde está o sujeito? a otimização do tempo faz com que todos sejam tratados como um só, sem suas particularidades, dificuldades, medos e resistências.Coloca-se todos em um mesmo nível, em um mesmo patamar! 
Refletir sobre o processo de ensino e aprendizagem não é uma tarefa fácil visto que todos somos sujeitos com necessidades próprias. Como atender a essa sociedade mista que anseia por conhecimento de forma diversa? Como pensar em currículo a partir disso? Como definir o que é relevante e passível de abordagem em sala de aula se o que é relevante a meus olhos pode não ser a olhos de outros? O contrário também pode acontecer!
A cada dia tenho mais certeza do seguinte: Ser professor é ser aventureiro, desbravador, caçador de tesouros, desvendador de enigmas e acima de tudo, um constante aluno, pois somente sendo aluno eternamente podemos ter a honra (ou quem sabe a petulância) de dizer que podemos auxiliar na formação de seres em busca de conhecimento!

Um comentário:

  1. A questão é: que conhecimento é este que está em toda parte? Para quem? Favorece a quem?

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