quinta-feira, 5 de abril de 2012

O pensamento Curricular no Brasil

Década de 20 até 1980: Surgem as primeiras preocupações curriculares em que o currículo possuía caráter funcionalista, através da transferência instrumental das teorizações americanas.

Década de 1980: Com o enfraquecimento da Guerra-Fria e abalo do referencial americano, ganharam força as vertentes marxistas como inspiração para o pensamento curricular (Pensamento Crítico).
  • Disputa pela hegemonia educacional: Pedagogia histótico-crítica e Pedagogia do Oprimido;
  • Influência Inglesa: Michael Apple e Henry Giroux.
Início dos anos 1990: O currículo consolida-se como sendo um espaço de relações de poder, de cunho eminentemente político.
É evidente o enfoque sociológico x primazia psicológica no capo do currículo.
  • Primeira metade da década: o pensamento crítico ganha força. Texto político em que o currículo é apresentado como contextualizado nos âmbitos político, econômico e socialmente. As maiores influências no campo eram: Paulo Freire, Henry Giroux, Michael Aplle, Young, Marx, Gramsci, Lefèbvre, Habernas e Bachelard. Foram aprofundadas questões referentes as relações entre conhecimento científico, conhecimento escolar, saber popular e senso comum. O currículo passa a ser discutido como sendo local de construção social do conhecimento.
  • Fim da primeira metade da década e segunda metade: O pensamento curricular começa a incorporar enfoques pós-modernos e pós-estruturalistas. As tendências e orientações se inter-relacionam formando os híbridos culturais ( marca no campo curricular do Brasil), cujas referências principais foram: Foucault, Derrida, Deleuze, Guatari e Morin.
Dificuldade em se definir currículo, sendo caracterizado como campo intelectual, espaço de diferentes atores sociais, detentores de determinados capitais social e cultural na área. Legitimam determinadas concepções sobre a teoria de currículo e disputam entre si o poder de definir quem tem autoridade na área.

Ao longo da história surgiram diversas concepções de currículo, sendo este campo de estudo marcado pelos conflitos existentes na própria estruturação curricular.

Currículo e pós modernismo: o currículo tanto na perspectiva humanista, quanto na tecnicista e, ainda, toda tentativa de currículo emancipatório das pedagogias críticas são colocadas em questão.

Currículo e pós- estruturalismo: conhecimento como construção ativa, dependente da pragmática do contexto, em oposição à suposta universalidade. Os estudos de currículo dentro desta perspectiva têm como objetivo o processo de construção e desenvolvimento de identidades mediante práticas sociais, privilegiando a análise de discurso.

Um comentário: